segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Aquilo que me sossegas não tem explicação. O modo como a tua presença me deixa confiante, é uma coisa estranha. A maneira - tão oposta - como consegues acalmar-me e desassossegar-me ao mesmo tempo. A forma como me mantens o sorriso na cara que perdura pelo dia, renasce-me. Descansa-me. Sossega-me e faz-me apetecer afundar no teu abraço.


Só tu transformas um dia cinzento em sol. Só tu me acalmas e serenas. Só tu sabes fazer os meus olhos sorrir. Só por estares me dás paz. Só por seres.


Só tu. E ninguém mais.

sábado, 14 de novembro de 2015


Disseste que tinhas saudades minhas e eu acreditei. Foi como se o mundo se tivesse enchido, novamente, de luz. Os dias tornaram-se maiores e mais brilhantes. A vida, de repente, tornou-se mais útil. E o meu coração abriu-se para o mundo, ganhando, de novo, vontade para ser inteiro e feliz.

Disseste-me que tinhas saudades minhas e eu pensei que isso te traria de volta a mim. Que o teu abraço seria, de novo, meu. Que as tuas mãos seriam, de novo, a pele das minhas. Que os teus sonhos me teriam neles. Que o teu futuro seria também meu.

Mas, afinal, as tuas saudades momentâneas desapareceram com a mesma rapidez com que vieram. E eu fiquei por aqui: nesta ansiedade, com as mãos frias quase a escorregarem-me da pele. Fiquei, por aqui, com o coração cada vez mais pequeno — à procura de um segundo, por mais pequeno que fosse, que pudesse demover-te.

E esperei. Mas nada te demoveu
Os meus olhos observam os detalhes que não sabem usar palavras. Os meus olhos gritam sentimentos que estão no lume lento da minha carne. E tropeçam nas emoções: que se atropelam, umas às outras, de tão urgente que é a voz que ainda não têm. Os meus olhos mastigam a dor, quando não podem chorar. Escondem o desespero, quando não devem mostrar fragilidade. E choram com força, exaustos — quase morrendo na dor que não conseguem atenuar.

Mas também riem. Riem das pequenas ironias: que mostram que a vida tem sempre um lado melhor. E dançam com a música, quando esta entra no meu corpo.

Os meus olhos dizem tudo: à sua maneira. E todos os dias. São a minha voz mais funda. Aquela que conta a minha história de forma inteira. A voz que pode ficar rouca, mas nunca muda. A voz que tanto diz — sem ter sequer de se preocupar com as palavras.


Dedico esta a todos os meus amigos ♥
Amigos
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que 
permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que 
tivessem morrido todos os meus amores,
mas 
enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ... 
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. 
Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso 
lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
 
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabemque estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. 
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.
 
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não 
tem noção de como me são necessários,
de como são 
indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles 
fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo!Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda 
furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo 
comigo, todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só 
desconfiam - ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Vinicius de Moraes       

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Hoje estou assim pequenina a precisar de mimo ,colo ...
sei la...
Sinto saudades de tudo de mim principalmente...
Definir saudade? Não consigo. É dos sentimentos mais avassaladores que existem. Como se descreve o vazio? O silêncio? A ausência? O pedaço de nós que se ausentou?
Saudades não é só sentir falta de alguém. É sentir a falta de alguém em nós. Dentro de nós. É ter saudades de nós com alguém. É o estar por estar, e o ser por ser.
Como se traduz em palavras aquilo que a saudade corta sem nada nos tocar. Que fere. Que magoa. Que esvazia. Que ecoa. Que enlouquece.
Nada disto se assemelha à saudade que sinto. São pequenas as palavras que a descrevem.
Definir saudade... Não me é possível. Talvez por a sentir tão em mim. Talvez porque me toque na pele . Saudades

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Antes de te conhecer,
Admito que o tempo foi ingrato comigo,
Mas ele sabia o que estava a fazer.
E quando menos esperei,ele colocou-te no meu caminho,trazendo te para a minha vida.
A pureza de um carinho,o olhar de felicidade que tu expressas através da alegria que o teu coração me retribui.
Estar contigo talvez seja um sonho,do qual eu nunca vou querer acordar.
Dormiria a eternidade se fosse preciso
Só para estar junto de ti,
Do teu lado nos teus braços,para eu poder sentir o teu coração bater junto ao meu,
As tuas mãos descendo devagarinho pelo meu
Nunca imaginei voltar a gostar assim de alguém.
Ter-te significa tanto para mim ...
Por isso, e por tantas outras coisas quero-te agradecer
e desejar que a nossa felicidade continue enquanto nos fizer bem...
Gostar-te é ser feliz contigo todos os dias. É descobrir o mundo a dois e saber que, aconteça o que acontecer, nenhum de nós está sozinho quando o pior vem. É acordar de manhã e ter espaço, no nosso peito, para viver um amor que é, hoje, sempre um pouco maior do que era ontem. É não nos cansarmos de desejar coisas que nos fazem felizes — aos dois. E vivermo-las com tanta intensidade que há dias em que ficamos exaustos. Gostar-te é saber que não existem momentos perfeitos e que as guerrilhas e os amuos também fazem parte do amor. É termos sempre vontade de abandonar o menos bom da nossa vida para sermos ainda mais felizes um com outro. Gostar é ser feliz contigo — à nossa maneira. E querer-nos perto uma vida toda.